segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Máscaras africanas


Autor e Co-autor(es)

EDNA MARIA DA SILVA 
NATAL - RN NUCLEO EDUCACIONAL INFANTIL - NEI
Suzana Maria Brito de Medeiros

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de EnsinoComponente CurricularTema
Ensino Fundamental InicialArtesArte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoGêneros de texto
Ensino Fundamental InicialArtesArte Visual: Produção do aluno em arte visual
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoProcessos de leitura

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Identificar a função das máscaras na cultura africana;
  • identificar os diferentes modos de construção das máscaras africanas;
  • construir dois tipos de máscaras africanas em sala, destacando as etapas e materiais necessários.
Duração das atividades
3 aulas com duração de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Destacamos que os professores devem trabalhar os aspectos referentes as habilidades manuais como: recortar, colar, prinsar, picotar, bem como os componentes da produção artística visual - texturas, cores, formas.
Estratégias e recursos da aula
1º MOMENTO:
A aula terá início com uma roda de conversa sobre a presença da máscara na cultura africana. Para ilustrar e motivar o grupo o professor apresentará imagens de diferentes tipos, formas  e estilos de máscaras africanas.

No momento da apresentação das imagens sugerimos que o professor faça alguns questionamentos que orientem o olhar das crianças para a leitura das imagens, através de perguntas do tipo: todas as máscaras são produzidas com uma mesma finalidade? (se for o caso, explicar o que venha ser finalidade, ou usar outro termo); quais os materiais que fazem as máscaras?que cores estão mais presentes?
A partir das respostas do grupo, o professor poderá promover uma articulação entre os saberes que as crianças trazem em suas falas e as novas informações e conhecimentos selecionados em materiais como: livros, textos, histórias e/ou imagens (como as que sugerimos para abertura da aula).
Como forma de registro deste momento, sugerimos que as crianças possam se agrupar em pequenos grupos e escrever algumas das novas informações que aprenderam sobre a importância das máscaras na cultura africana (cada criança, à sua maneira,  desenha e/ou escreve suas ideias). 
2º MOMENTO:
O professor propõe para este momento a construção de um tipo de máscara visto nas imagens. Neste caso, sugerimos a confecção da máscara de bruxo(a). Para construir a máscara serão necessários os seguintes materiais:
  1. cartolina guache
  2. papéis coloridos
  3. penas
  4. tecido
  5. tinta guache
  6. pincel
  7. cola
  8. tesoura
Para fazer a máscara sugerimos que o professor encaminhe juntamente com as crianças os seguintes passos:
  1. Pintar o tecido com tinta guache e colocar para secar. A pintura consiste em pinceladas aleatórias ao longo do tecido.
  2. Desenhar o modelo de um rosto na cartolina e recortar. Não recorta olhos e boca, apenas o nariz.
  3. Desenhar olhos, boca e outros enfeites nos papéis coloridos para recortar e depois colar na frente da máscara.
  4. Colar o tecido ao longo de toda a máscara deixando uma borda. Recortar a borda do tecido fazendo uma franja.
  5. Escolher as cores das penas e colá-las na parte superior da máscara.
  Fonte: NEI/UFRN
 
  Fonte: NEI/UFRN

 A MÁSCARA DE BRUXO
Descobrimos que a máscara de bruxo é usada nas cerimônias tribais grandiosas.        
As tribos fazem as cerimônias nas noites de lua cheia e os feiticeiros e bruxos
cantam e dançam pedindo a proteção dos espíritos.      
Em todas as tribos africanas tem um bruxo ou uma bruxa ou um feiticeiro
que usa seus poderes mágicos para proteger a tribo.
TEXTO COLETIVO - 1º ano vespertino
Sugerimos que o professor conclua o trabalho desta aula sintetizando os conhecimentos em um texto coletivo, como o exposto, anteriormente.
3º MOMENTO:
Na aula em que fizeram a máscara do bruxo(a) as crianças tiveram a oportunidade de seguir instruções, como numa receita, para construir sua máscara. Desse modo sugerimos, que a aula pode ter continuidade com a proposição de uma atividade em que as crianças poderão recuperar e/ou se apropriar de alguns elementos que constituem o texto instrucional, como: sua estrutura e linguagem sucinta. Na atividade sugerimos que seja proposto às crianças fazerem uso de suas hipóteses de escrita e leitura o tempo inteiro. Na primeira parte da atividade as crianças  são convidadas a escreverem o material necessário que usaram para fazer a máscara e, na segunda etapa,  devem ler os passos da realização da máscara, recortá-los e colocá-los em ordem.


  Fonte: NEI/UFRN

  Fonte: NEI/UFRN

  Fonte: NEI/UFRN
4º MOMENTO:
A aula terá continuidade com a realização de um outro momento de vivência. Ou seja, as crianças poderão construir um outro tipo de máscara, fazendo uso de materiais diferentes do que o (a) professor (a) sugeriu no modelo da máscara de bruxo. Nesse momento vai ser necessário:
  1. papel ofício/sulfite branco em tiras largas e finas
  2. cola branca
  3. pincel
De posse do material, o primeiro momento da aula consiste numa conversa prévia com as crianças a respeito da realização da atividade. Esse tipo de máscara é modelada no rosto de cada criança. Caso seja uma turma composta por crianças muito pequenas, poderá não ser muito agradável para algumas crianças, pois há a possibilidade de não conseguirem permanecer o tempo necessário à construção da máscara.Se a turma for composta por crianças que já consigam fazer a máscara uma na outra, o professor pode ser o coordenador do trabalho, ajudando quando necessário.
  1. Prende-se uma faixa/tira larga na testa envolvendo toda a cabeça, e duas tiras próximo da orelha - uma de cada lado formando o contorno do rosto. Depois cola mais uma de uma ponta a outra passando pelo nariz, para formar o modelo do rosto de cada um, a princípio. Neste momento você acabou de fazer a base. Depois e só ir completando com as tiras finas ou grossas, vai depender do formato do rosto da criança e vai completando até o rosto estar todo cheio, ficando descobertos apenas os olhos, a boca e nariz. O segredo é colocar bastante cola e colar bastante papel, para que a máscara fique com uma consistência firme.
  2. Coloca para secar por, aproximadamente, 24 horas.
  3. Depois que a máscara está seca você vai decorar. A decoração pode ser feita com tinta guache ou qualquer outro tipo de tinta que possa pintar papel. Coloca para secar novamente.
  4. Em seguida você vai colar enfeites para que a máscara ganhe mais beleza. Os materiais podem ser diversos, como: penas, fitas, tecidos, bicos, lantejoulas, gliter, entre outro.


Fonte: NEI/UFRN
Fonte: NEI/UFRN

Fonte: NEI/UFRN
Depois das máscaras feitas e decoradas, sugerimos uma exposição das atividades desenvolvidas a respeito das máscaras africanas como forma de síntese do trabalho. Após a exposição as crianças poderão brincar com as máscaras inventando enredos com os elementos apresentados da cultura africana: reis, bruxos, guerreiros , entre outros. As máscaras poderão,também, compor o faz de conta da sala por algum período e depois podem ser levadas para casa.
Recursos Complementares
Avaliação
Ao final do desenvolvimento da atividade é de fundamental importância que o (a) professor (a) possa observar na criança a capacidade de:
  • Compreender a função do uso da máscara na cultura africana.
  • Conhecer os diferentes modos de produção das máscaras africanas.
  • Destacar os aspectos da produção da máscara: recorte, colagem, pintura, e composição/decoração.
disponível em:

PROJETO "CULTURA AFRO-BRASILEIRA"

Do Blog: http://escolaperpetuosocorro.blogspot.com/2009/04/projeto-cultura-afro-brasileira.html

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
1.1-TEMA – CULTURA AFRO-BRASILEIRA
1.2- Executor- EE. de Ensino Médio Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
1.3- Endereço- Rua dos Imigrantes
1.4- Município- Vitória das Missões
1.5- Período de execução- ano de 2009
1.6- Abrangência- Educação Infantil- Séries iniciais e finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio
1.7- Coordenação- Professores das Séries Iniciais, Professores da área de Estudos Sociais e Comunicação e Expressão, juntamente com a Coordenação pedagógica da Escola e Equipe Diretiva
1.8- Participação – Todos os Professores , Funcionários e alunos da Escola

2- JUSTIFICATIVA:

Para promover a releitura da História do mundo africano, sua cultura e os reflexos sobre a vida dos afro-brasileiros em geral, rompendo com o modelo vigente na sociedade brasileira, garantindo a cidadania e a igualdade racial.
A Lei em si não basta, é preciso que modifiquemos o ensino-aprendizagem para que tenhamos um resultado eficaz, valorizando conhecimentos dessa cultura, fazendo acontecer mudanças necessárias.
Aprendemos a História dos outros, ou parte dela, no entanto a cultura universal inclui feitos Afros de grande importância, entretanto, estes são desconhecidos ou desprezados pela educação brasileira. Uma sociedade democrática e justa, inclui todos os setores da população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação.

3- OBJETIVOS GERAIS:

1- Romper com o modelo pedagógico vigente, incluindo afro-brasileiros na condição de decisório para a construção da sociedade.
2- Proporcionar condições a alunos e professores de apropriarem-se de novos saberes sobre a cultura Afro-brasileira.
3- Promover uma nova visão da História dos Africanos do período colonial, com seus reinados e impérios, sua cultura e os reflexos sobre a vida do afro-brasileiro em geral.
4- Garantir ao Afro-brasileiro a construção de sua personalidade com referência em outros negros.
5- Proporcionar condições ao Afro-brasileiro promover a cidadania e igualdade racial, alcançáveis por meio de uma pedagogia multiracial.



4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1- Identificar tempo e espaço da origem dos grupos africanos que vieram para o Brasil.
2- Reconhecer que o tráfico humano foi uma atividade fundamental para o capitalismo mercantilista.
3- Reconhecer que o Brasil foi o País que mais importou escravos negros.
4- Perceber os diferentes tipos físicos entre os africanos.
5- Perceber os diferentes tipos de religiões, costumes e línguas.
6- Constatar as diferenças e semelhanças de vida entre afro-brasileiros e negros de outros países.
7- Despertar para a africanicidade brasileira em manifestações na arte, esportes, culinária, língua, religião, como elementos de formação da cidadania.
8- Reconhecer o papel do negro na definição e na defesa do território, os Quilombos rurais e urbanos, o negro na periferia e na questão da posse de terras.
9- Despertar para a questão do trabalho no campo e na cidade.
10-Proporcionar condições para o conhecimento sobre questões relativas a saúde e doenças.
11-Comparar o relacionamento entre africanos na era pré-colonial, no período de dominação européia e na atualidade.
12-Discutir e conhecer as personalidades negras que deixaram ou estão deixando sua contribuição nos diversos setores da sociedade, como expressões culturais, desportivas, artísticas, políticas, musicais, religiosas etc...

6- AÇÕES DO PROJETO:

1- Questionar os alunos sobre o que sabem, que idéias e opiniões, dúvidas ou hipótese sobre o tema em debate, valorizando seus conhecimentos.
2- Propor novos questionamentos.
3- Fornecer novas informações.
4- Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações em livros, jornais, revistas, filmes, fotos, visitas, passeios e confrontar dados e abordagem.
5- Trabalhar com documentos variados, edificações, plantas urbanas, mapas, instrumentos de trabalho, rituais, adornos, meios de comunicação, vestimentas, textos, imagens e filmes.
6- Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas, organização de informações coletadas, como obter informações de documentos, como proceder em visitas e estudos.
7- Promover estudos e reflexões sobre diversidade de modo de vida e de costumes dos afros brasileiros.
8- Promover estudos e reflexão sobre a presença na atualidade de elementos afro brasileiros na localidade.
9- Debater questões do dia- a- dia dos afros brasileiros.
10- Propor estudos sobre a diversidade étnico racial da comunidade e suas relações.
11- Construir com os alunos: resumos orais, em forma de textos, gráficos, linha de tempo, criação de brochuras, murais, teatros, danças, coreografias, comidas, vestimentas, instrumentos utilizados no trabalho, nos rituais, nas danças, exposições e estimular a criatividade expressiva.
12- Propor pesquisa específica envolvendo rituais e superstições hoje concebidas que percorreram tempo e espaço na sociedade brasileira envolvendo a etnia afro brasileira.
13- Propor pesquisa científica envolvendo a culinária afro-brasileira e sua inclusão no dia-a-dia do povo brasileiro e em especial da comunidade.
14- Propor a culminância dos trabalhos em forma de feira pedagógica com apresentações de todas as atividades planejadas.



7- AVALIAÇÃO:

Será considerada satisfatória se todas as etapas dessa atividade Temática forem desenvolvidas, de modo a aperfeiçoar a democracia representativa, a construir consciência de igualdade e percebermos que todos cooperativamente podem construir uma sociedade mais fraterna e justa. Também que se consiga organizar a culminância marcada para o dia 27 de novembro de forma a congregar todas as turmas e suas produções.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

curso de tecnologia assisitvas

Estão abertas as inscrições para o curso de TECNOLOGIA ASSISTIVAS-MEC.
Faça sua inscrição no site http://www.ta.unesp.br/.

Para saber mais sobre o que é a tecnologia assisitvas acesse o site;
http://www.assistiva.org.br/

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A pobreza e a cor da pobreza

Publicado na coluna Tendências/Debates do jornal Folha de S. Paulo, em 13.05.2011
Os negros têm a oferecer suas estratégias de resistência ao racismo, que, desde o período colonial, interpôs obstáculos à afirmação da humanidade
Em “Leite Derramado”, mais recente romance de Chico Buarque, há um personagem que, ao se referir com ironia ao radicalismo de seu avô abolicionista, afirma que ele “queria mandar todos os pretos brasileiros de volta para a África”.
Nessa visão, abolicionismo radical equivalia a se livrar dos negros. De todo modo, após 1888, as elites brasileiras irão se comportar como se os libertos, que as serviram por quase quatro séculos, não estivessem mais aqui. Mas estavam, e por sua própria conta.
No início do século 20, eram frequentes os prognósticos sobre o desaparecimento da população negra, que supostamente não sobreviveria ao século.
Ao mesmo tempo em que se criticavam as soluções de laboratório defendidas pelo ideário eugenista, em voga aqui e em muitos países, também se apostava no embranquecimento via miscigenação.
Mais tarde, ao se debruçar sobre os resultados do Censo de 1940, Guerreiro Ramos considerou “patológico” o desequilíbrio nas respostas ao quesito cor, tendentes, em sua esmagadora maioria, a sobrevalorizar a cor branca.
Na contramão dessa tendência, os dados censitários de 2010, há pouco divulgados, confirmam o que já se delineava no Censo de 2001: iniciativas de valorização da identidade, com origem nos movimentos negros e hoje em processo de institucionalização, asseguraram a maioria negra em uma população que ultrapassa 190 milhões de brasileiros.
Nesse longo percurso de afirmação, as mudanças não se limitaram a uma percepção de si mais positiva, exclusiva dos afro-brasileiros.
A consciência negra avançou em conexão íntima com a consciência social como um todo. Não se trata, portanto, da mera substituição de um segmento populacional dominante por outro, mas do reconhecimento de que os valores do pluralismo ajudam em muito a consolidar nosso processo democrático.
Contudo, ainda persistem dificuldades a serem enfrentadas.
Hoje, temos uma sólida base de dados, que mostra reiteradamente que mulheres e homens negros estão entre os brasileiros mais vulneráveis, numa proporção muito maior do que sua presença relativa na população total.
Por isso, a priorização da erradicação da pobreza extrema pelo governo da presidenta Dilma abre possibilidades inéditas de abordar rica e diversificada experiência humana, que ainda precisa ser considerada em toda a sua amplitude.
O sucesso das iniciativas de combate à pobreza extrema requer a reversão de imagens negativas, a superação de práticas discriminatórias e o redimensionamento dos valores de cultura e civilização que, afinal, contra todas as expectativas, garantiram a continuidade dos descendentes de africanos no país.
Quando o assunto é superação da pobreza extrema, é justo supor que os negros tenham algo a dizer.
Segmentos empobrecidos de outros grupos raciais também o terão, é certo. Mas os negros têm a oferecer suas estratégias de resistência ao racismo, que, desde o período colonial, interpôs obstáculos ideológicos e culturais à afirmação plena de sua humanidade -a base das desigualdades de renda e de oportunidades que ainda vivenciam.
Assim, no atendimento a direitos básicos que articulam renda, acesso a serviços e inclusão produtiva, é preciso tornar visíveis e valorizar dimensões da pessoa e do universo afro-brasileiro que desempenham papel decisivo na conquista da autonomia. Todos somos humanos, e a resistência aos processos desumanizadores do racismo é, de longe, a maior contribuição dos negros à cultura brasileira.
Luiza Bairros é ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sete motivos para um professor criar um blog

A intenção é trazer para cá algumas das idéias
que a gente vê perdidas pelo mundo — real ou virtual

(Blog de Nelson Vasconcelos)
Nesse mundo da tecnologia, inventam-se tantas novidades que realmente é difícil acompanhar todas as possibilidades de trabalho que elas abrem para um professor. Recentemente, surgiu mais uma: o blog.
Mas o que vem a ser isso? Trata-se de um site cujo dono usa para fazer registros diários, que podem ser comentados por pessoas em geral ou grupos específicos que utilizam a Internet. Em comparação com um site comum, oferece muito mais possibilidades de interação, pois cada post (texto publicado) pode ser comentado. Comparando-se com um fórum, a discussão, no blog, fica mais centrada nos tópicos sugeridos por quem gerencia a página e, nele, é visualmente mais fácil ir incluindo novos temas de discussão com freqüência para serem comentados.
Esse gênero foi rapidamente assimilado por jovens e adultos do mundo inteiro, em versões pessoais ou profissionais. A novidade é tão recente; e o sucesso, tamanho, que em seis anos, desde o início de sua existência, em 1999, o buscador Google passou a indicar 114 milhões de referências quando se solicita a pesquisa pelo termo “blog”, e, só no Brasil, aparecem 835 mil resultados hoje. 
No mundo acadêmico, por sua vez, esse conceito ainda é praticamente desconhecido. O banco de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) não apresenta nenhuma referência sobre o tema e, mesmo em buscas internacionais, são pouquíssimos os trabalhos a respeito do que se pode fazer com um blog nas escolas. Todas as referências encontradas estão no pé deste artigo.
Não é à toa que tantos jovens e adultos começaram a se divertir publicando suas reflexões e sua rotina e que tantos profissionais, como jornalistas e professores, começaram a entrar em contato com seu público e seus alunos usando esse meio de comunicação. No blog, tudo acontece de uma maneira bastante intuitiva; e não é porque a academia ainda não disse ao professor que ele pode usar um blog que essa forma de comunicação deve ser deixada de lado. Com esse recurso, o educador tem um enorme espaço para explorar uma nova maneira de se comunicar com seus alunos. Vejamos sete motivos pelos quais um professor deveria, de fato, criar um blog.
1-     É divertido
É sempre necessário termos um motivo genuíno para fazer algo e, realmente, não há nada que legitime mais uma atividade que o fato de ela ser divertida. Um blog é criado assim: pensou, escreveu. E depois os outros comentam. Rapidamente, o professor vira autor e, ainda por cima, tem o privilégio de ver a reação de seus leitores. Como os blogs costumam ter uma linguagem bem cotidiana, bem gostosa de escrever e de ler, não há compromisso nem necessidade de textos longos, apesar de eles não serem proibidos. Como também é possível inserir imagens nos blogs, o educador tem uma excelente oportunidade de explorar essa linguagem tão atraente para qualquer leitor, o que aumenta ainda mais a diversão. O professor, como qualquer “blogueiro”, rapidamente descobrirá a magia da repercussão de suas palavras digitais e das imagens selecionadas (ou criadas). É possível até que fique “viciado” em fazer posts e ler comentários. 
2-     Aproxima professor e alunos
Com o hábito de escrever e ter seu texto lido e comentado, não é preciso dizer que se cria um excelente canal de comunicação com os alunos, tantas vezes tão distantes. Além de trocar idéias com a turma, o que é um hábito extremamente saudável para a formação dos estudantes, no blog, o professor faz isso em um meio conhecido por eles, pois muitos costumam se comunicar por meio de seus blogs. Já pensou se eles puderem se comunicar com o seu professor dessa maneira? O professor “blogueiro” certamente se torna um ser mais próximo deles. Talvez, digital, o professor pareça até mais humano.
3-     Permite refletir sobre suas colocações
O aspecto mais saudável do blog, e talvez o mais encantador, é que os posts sempre podem ser comentados. Com isso, o professor, como qualquer “blogueiro”, tem inúmeras oportunidades de refletir sobre as suas colocações, o que só lhe trará crescimento pessoal e profissional. A primeira reação de quem passou a vida acreditando que diários devem ser trancados com cadeado, ao compreender o que é um blog, deve ser de horror: “O quê? Diários agora são públicos?”. Mas pensemos por outro lado: que oportunidade maravilhosa poder descobrir o que os outros acham do que dizemos e perceber se as pessoas compreendem o que escrevemos do mesmo modo que nós! Desse modo, podemos refinar o discurso, descobrir o que causa polêmica e o que precisa ser mais bem explicado ao leitor. O professor “blogueiro” certamente começa a refletir mais sobre suas próprias opiniões, o que é uma das práticas mais desejáveis para um mestre em tempos em que se acredita que a construção do conhecimento se dá pelo diálogo.
4-     Liga o professor ao mundo
Conectado à modernidade tecnológica e a uma nova maneira de se comunicar com os alunos, o educador também vai acabar conectando-se ainda mais ao mundo em que vive. Isso ocorre concretamente nos blogs por meio dos links (que significam “elos”, em inglês) que ele é convidado a inserir em seu espaço.  Os blogs mais modernos reservam espaços para links, e logo o professor “blogueiro” acabará por dar algumas sugestões ali. Ao indicar um link, o professor se conecta ao mundo, pois muito provavelmente deve ter feito uma ou várias pesquisas para descobrir o que lhe interessava. Com essa prática, acaba descobrindo uma novidade ou outra e tornando-se uma pessoa ainda mais interessante. Além disso, o blog será um instrumento para conectar o leitor a fontes de consulta provavelmente interessantes. E assim estamos todos conectados: professor, seus colegas, alunos e mundo.
5- Amplia a aula
Não é preciso dizer que, com tanta conexão possibilitada por um blog, o professor consegue ampliar sua aula. Aquilo que não foi debatido nos 45 minutos que ele tinha reservados para si na escola pode ser explorado com maior profundidade em outro tempo e espaço. Alunos interessados podem aproveitar a oportunidade para pensar mais um pouco sobre o tema, o que nunca faz mal a ninguém. Mesmo que não caia na prova.
6-     Permite trocar experiências com colegas
Com um recurso tão divertido em mãos, também é possível que os colegas professores entrem nos blogs uns dos outros. Essa troca de experiências e de reflexões certamente será muito rica. Em um ambiente onde a comunicação entre pares é tão entrecortada e limitada pela disponibilidade de tempo, até professores de turnos, unidades e mesmo escolas diferentes poderão aprender uns com os outros. E tudo isso, muitas vezes, sem a pressão de estarem ali por obrigação. (É claro que os blogs mais divertidos serão os mais visitados. E não precisamos confundir diversão com falta de seriedade profissional.)
7-     Torna o trabalho visível
Por fim, para quem gosta de um pouco de publicidade, nada mais interessante que saber que tudo o que é publicado (até mesmo os comentários) no blog fica disponível para quem quiser ver. O professor que possui um blog tem mais possibilidade de ser visto, comentado e conhecido por seu trabalho e suas reflexões. Por que não experimentar a fama pelo menos por algum tempo?
Antes de fazer seu próprio blog, vale a pena consultar as realizações de algumas pessoas comuns ou dos mais variados profissionais. Faça uma busca livre pela Internet para descobrir o que se faz nos blogs pelo mundo afora e (re)invente o seu!

Referências bibliográficas:
KOMESU, Fabiana Cristina. Blogs e as práticas de escrita sobre si na Internet. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
LEARNING and Leading with Technology. BlogOn, 2005. vol 32, n. 6.
*****
Betina von Staa é coordenadora de pesquisa em tecnologia educacional e articulista da divisão de portais da Positivo Informática. Autora e docente de cursos on-line para a COGEAE, a Fundação Vanzolini e o UnicenP, é doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP


http://www.educacional.com.br/articulistas/betina_bd.asp?codtexto=636

sábado, 25 de dezembro de 2010

Projeto Pedagógico

Projeto Pedagógico

Professoras responsáveis: Graça Rezende
Tatiane Gallo


Propostas que contemplam a temática étnco-racial

Justificativa: Diante da presença marcante da desigualdade racial dentro do espaço escolar, há a necessidade de um trabalho voltado para por fim a tal comportamento, além de combater o “silêncio” tão presente no ambiente pedagógico, que demonstra como agem os que não sabem lidar com o assunto. E colocar em prática o que estabelece a Lei Federal 10.639/03, que busca contribuir no processo de superação da discriminação e de construção de uma sociedade mais justa, livre e fraterna. Desenvolvendo atitudes e valores de reconhecimento e respeito mútuo. Formando novos comportamentos e posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de sua raça.


Disciplinas envolvidas: Língua Portuguesa, Matemática, História, Artes, Geografia
Público alvo: Alunos, equipe escolar, pais e comunidade na qual a escola está inserida;

Duração : Março a Novembro do ano letivo
Objetivos:

Ressaltar importância do respeito ao diferente;
Conhecer a história da África antes da escravidão;
Promover atividades que contribuam na transformação da situação real;
Conhecer e valorizar a história dos povos africanos e da cultura afro brasileira;
Romper com a imagem negativa contra os negros e afros-descendentes;
Destacar as contribuições dos africanos para o desenvolvimento da humanidade;
Evidenciar as figuras ilustres que se destacaram nas lutas em favor do povo;
Discutir com todos assuntos sobre a questão racial;
Trabalhar de forma a melhorar as relações entre descendentes afros, europeus e outros povos;
Reconhecer a existência do racismo no Brasil ;
Valorizar e respeitar os negros e a sua cultura;
Discutir sobre o preconceito para a relação melhorar;
Por fim no mito da democracia racial;
Discutir o assunto com todos, independente da cor, raça, credo..
.

Atividades:

História:
. Textos que retratam a história da África com uma visão positiva, e não somente privilegiando as denúncias da miséria que atinge o continente;
. dramatizações que ressaltem a importância da oralidade, e dos anciãos na preservação da memória e da religiosidade;
.levantamento da vida do aluno, sua história;
. entrevistas com a comunidade ao redor da escola sobre a existência de racismo;
.pesquisar sobre a culinária, e elaborar os pratos típicos de origem africana, degustação de cardápio pelos alunos e família;

Artes
. pesquisar sobre curiosidades sobre o continente africano;
. pesquisa sobre os diferenças entre os diversos povos africanos;
. reprodução em papel machê,, argila, papelão, tinta, cola sobre as máscaras religiosas africanas;
. análise de imagens(obras de arte- Debret, Rugendas...) sobre o cotidiano da vida dos escravos;
.trabalho de comparação entre as fotografias atuais e as obras de arte da época da escravidão;
. confecção de uma boneca de pano negra;
.danças de origem afro;
. confecção com fantoches negros e montagem de uma peça teatral;
.apreciação e audição de músicas africanas;
.trabalho com obras de arte como os de Tarsila Amaral, Candido Portinari, Di Cavalcanti;


Língua Portuguesa
. confecção de mini-dicionários de palavras de origem africana, e ilustra-lo;
. trabalho com contos africanos;
. debates sobre os textos;
. reescrita dos contos e ilustração;
.dramatizações dos contos;
.trabalho com samba-enredo
.análise de comerciais, novelas... sobre a presença o papel desenpenhado pelo negro
.
.leitura e trabalho com livros infantis que valorizam a cultura e a identidade negra. Dentre eles: Menina do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, Felicidade não tem cor, de Julio Emilio Braz, Uma Joaninha diferente, de Regina Célia Melo, Os dez sacizinhos, de Tatiana Belinky, Ao sul da África: na África do sul, os Ndebeles, no Zimbábue, os Xonas, no Botsuana, os Boximanes, de Laurence Quetin...

.análise de revistas do cotidiano sobre a presença de modelos negros e produtos para negros;
.trabalhar trechos do poema Navio Negreiro de Castro Alves;
. trabalho de interpretação com músicas. Ex: Olhos Coloridos(Sandra de Sá), Negro Zulu(Jorge Bem Jor), Negra livre( Negra Li);
.textos biográficos de personalidades: Nelson Mandela, Mártir Luther King. Zumbi, Ganga Zumba...
Matemática

. pesquisar sobre o percentual da população negra no Brasil e discutir se é correto denomina-la de minoria;
. elaborar tabelas e gráficos com os resultados das pesquisas feitas;
.
Geografia

. reconhecer e localizar no planisfério, os países africanos em que o português é a língua oficial ;
.pesquisa em grupo sobre alguns aspectos culturais desses países(usos, costumes, educação, moeda, sistema de governo
.